O que são hepatites virais e como tratar?

O que são hepatites virais e como tratar?

Cada mês do ano tem uma cor dedicada a alguma ação de saúde, já reparou? Janeiro branco, outubro rosa, novembro azul e por aí vai. E o mês de julho? Para quem não sabe, estamos no Julho Amarelo, inteiramente dedicado à luta contra as hepatites virais. Você sabe, exatamente, quais são elas? 


A princípio, as hepatites virais são inflamações no fígado que, como o próprio nome já diz, vêm de algum vírus. Porém, há outras causas para este problema, por exemplo, excesso de substâncias tóxicas. Entre elas, álcool e medicamentos.


Seja qual for a causa, as hepatites virais são um problema de saúde pública. A boa notícia é que há vacinas para dois tipos delas (inclusive, já falamos disso por aqui). Sem falar no acompanhamento contínuo com especialistas.  

Tipos de hepatites virais  

Por que as hepatites virais são tão preocupantes? Principalmente por afetar o fígado, um órgão importante do sistema digestório. Seu principal papel é, sobretudo, desintoxicar o organismo.  


Inicialmente, os principais tipos de hepatites virais ocorrentes no Brasil são A, B e C. No entanto, ainda há mais duas classificações: D e, também, E. Mas, vamos nos ater, então, às variações mais comuns por aqui.  


A hepatite A é conhecida, também, como hepatite infecciosa. Seu agente causador é o vírus VHA e a transmissão se dá pelo contato com pessoas que tenham a doença. Porém, há possibilidade de contaminação pela água ou alimentos.  


Um dos principais desafios relacionados à hepatite A é que nem sempre os sintomas aparecem em todos os pacientes. Os sinais, quando surgem, vêm após 15 dias de infecção. Os mais comuns são tontura, febre, enjoo, cansaço, dores abdominais e pele amarelada.  


Outro tipo muito comum de hepatite viral é a do tipo B. Neste caso, o agente causador é o vírus HBV. A transmissão se dá pela troca de fluidos corporais, por exemplo, secreção e sangue. Ou, ainda, na gestação (quando a mãe contaminada passa a doença para o bebê).  


Os sintomas desta variação surgem ainda mais tarde que na hepatite A: seis meses após a infecção. Os mais comuns são pele amarelada (icterícia), dores no corpo, fezes mais claras, urina escurecida, febre e enjoo.  


Por fim, temos a hepatite C, transmitida também por meio de fluidos corporais. Os sintomas são parecidos com a hepatite B, porém, se não tratada, a doença pode evoluir para cirrose hepática e até câncer no fígado.  

Diagnóstico e tratamento 

A princípio, o diagnóstico das hepatites virais vem após a análise do paciente e, em seguida, exames de sangue para confirmação. Neste caso, a finalidade é encontrar anticorpos que agem contra o vírus.  


Já o tratamento vai variar conforme o tipo de hepatite. Na hepatite A, por exemplo, não há um tipo de tratamento padrão, pois isso depende do quadro do paciente. Sendo assim, o especialista pode, por exemplo, prescrever medicamentos para controlar os sintomas e desidratação. Ou, em casos mais graves, orientar à hospitalização.  


Para a hepatite B, o tratamento não busca exatamente a cura, mas evitar complicações no quadro. Inclusive, há duas formas do desenvolvimento da doença. Quando dura mais de seis meses, os médicos a classificam como crônica. Por outro lado, quando a infecção é de curta duração, diz-se que se trata de uma hepatite B do tipo aguda.  


Por fim, a hepatite C possui, sim, tratamento adequado, normalmente com antivirais. A taxa de cura, nestes casos, supera os 95%, porém o acompanhamento pode chegar a 12 semanas.  

Como prevenir as hepatites virais  

Para a hepatite A, a melhor forma de prevenção é o saneamento básico. Ou seja, água tratada e evitar o contato com esgoto a céu aberto. Já nos tipos B e C, o ideal é evitar o contato com pessoas contaminadas. Neste caso, prezar por relações sexuais com proteção, além de não compartilhar itens de uso pessoal.  

Tem vacina contra a hepatite? 

Atualmente, há vacinas contra a Hepatite A e B, inclusive inseridas no Programa Nacional de Imunizações (PNI). A primeira é composta pelo vírus inativado (A) enquanto a segunda é produzida a partir da proteína presente na superfície do vírus (B). Importante salientar que nenhuma provoca a doença, justamente pelo modo como são produzidas.  

 

Ambas protegem contra as infecções causadas pelos dois tipos de vírus e possuem aplicação do tipo intramuscular. 


A vacina contra a Hepatite é indicada já a partir dos 12 meses, bem como adolescentes e adultos. Porém, existe uma dosagem apropriada para cada faixa etária, a saber: 


- crianças a partir de 1 ano e adolescentes (menores de 16): duas doses com intervalos de seis meses entre cada uma  

- adolescentes (a partir de 16 anos), adultos e idosos: três doses, aplicando as duas primeiras com intervalo de um mês e, cinco meses depois, a terceira. Assim, a imunização se completa seis meses após a primeira dose  


Contudo, importante salientar que a vacina é contraindicada apenas para quem teve anafilaxia por componentes do imunizante ou desenvolveu púrpura trombocitopênica. 

 

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