Junho Vermelho: por que a doação de sangue salva vidas?

Junho Vermelho: por que a doação de sangue salva vidas?

Uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas em um processo simples, rápido e seguro 


O mês de junho é dedicado às campanhas de conscientização em prol da doação de sangue. Por isso, é também designado por Junho Vermelho. Mas, apesar da importância, muita gente ainda deixa de doar por pura desinformação.  


Só para se ter uma ideia, quase metade dos brasileiros deixam de doar sangue por falta de informação ou até medo, segundo uma pesquisa da farmacêutica Abbott. Como resultado, 1.9% da população do país doa sangue, enquanto a meta estipulada pela Organização Mundial de Saúde é de 3% a 5%.  


Por que a doação de sangue salva vidas? 


Você sabia que uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas? Só para ilustrar, o sangue de um único doador pode ser utilizado em quatro situações distintas. Por exemplo, pacientes com câncer, anemia falciforme, vítimas de acidentes e pessoas com doenças crônicas. Sem falar em cirurgias e demais emergências médicas.  


Além disso, o sangue não pode ser substituído por medicamentos. Ou seja, até o momento, somos a única fonte de matéria-prima capaz de auxiliar outras pessoas nesse sentido. E não pense que a doação de sangue salva apenas a vida dos outros, viu? 


O procedimento reduz alguns tipos de câncer no doador porque renova as células. Consequentemente, diminui os oxidativos, responsáveis pelo envelhecimento celular.  


Doar sangue dói? 


Curiosamente, um dos motivos pelos quais as pessoas deixam de doar sangue é o medo. Pois, trata-se de um processo totalmente simples, seguro e indolor. Na prática, é como se você se submetesse a um hemograma comum. E sabe quanto é realmente tirado em uma doação?  


Cerca de 450ml de aproximadamente 5 litros de sangue que temos no corpo. Por isso, aquela quantidade é reposta em até 24 horas após o procedimento. Deste modo, após a doação, o corpo inicia um processo de regeneração natural para repor as células sanguíneas perdidas, garantindo que o doador permaneça saudável e em equilíbrio.  


Ademais, a doação de sangue é bem regulamentada e executada por profissionais de saúde treinados. E, vale também derrubar alguns mitos relacionados à doação de sangue. Primeiro, o ato não enfraquece o sistema imunológico, visto que o organismo recupera a quantidade doada rapidamente.  


Outro mito frequente é o de ganhar peso, pois a pessoa precisa repor líquidos e alimentos após o processo. Não há nenhum indicativo de que a doação de sangue leve ao aumento da massa corporal.  


O que precisa para ser doador de sangue? 


Embora a doação de sangue seja um processo simples, existem alguns requisitos para garantir a segurança tanto do doador quanto de quem vai receber. São eles: 


        • Idade entre 18 e 69 anos  
        • Apresentar documento original de identificação com foto  
        • Estar em boas condições de saúde, o que significa não apresentar sintomas de doenças transmissíveis, como gripes, resfriados ou infecções ativas
        • Pesar mais de 50 kg
        • Dormir, no mínimo, seis horas na noite anterior à doação
        • Alimentar-se bem sem, no entanto, ingerir comidas gordurosas nas quatro horas antes da doação

        Caso você queira doar sangue, mas tenha se resfriado recentemente, é preciso aguardar sete dias após desaparecer todos os sintomas. Há, ainda, outras situações que demandam um prazo para, enfim, passar pelo procedimento: 

          • Parto: 90 dias após normal e 180 dias após cesárea 
          • Endoscopia: seis meses 
          • Micropigmentação, tatuagens ou maquiagem definitiva: 12 meses 
          • Canal ou extrações dentárias: 7 dias 
          • Cirurgia dentária com anestesia geral: 4 semanas  
          • Vacina contra gripe: 48 horas 
          • Acupuntura (sementes ou a laser): 24 horas 
          • Herpes Zoster: seis meses após a cura total 
          • Covid-19: dez dias após a recuperação total  


          Como é o processo? 

          Tudo começa pelo registro como doador e, em seguida, a triagem médica para avaliar sua elegibilidade. Nesta etapa, são feitas perguntas sobre sua saúde, histórico médico e estilo de vida. Após a aprovação, é feita a coleta do sangue, procedimento que geralmente leva apenas alguns minutos.  


          Quando a doação de sangue termina, a pessoa doadora recebe um lanche para ajudar na recuperação. Lembrando que todo o processo é supervisionado e acompanhado por profissionais de saúde.


           

          Então, que tal salvar vidas? Doar sangue é um ato de amor! 

           

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