Síndrome de Guillain-Barré, o que é?
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica grave caracterizada pela inflamação dos nervos e fraqueza muscular que, em alguns casos, pode ser fatal. Geralmente ela é diagnosticada após algumas semanas de uma infecção viral como dengue ou Zika Vírus, por exemplo.
A Síndrome de Guillain-Barré progride em 2 a 4 semanas e a maioria dos pacientes recebe alta hospitalar após 4 semanas, mas o tempo total de recuperação pode demorar meses ou anos. A maioria dos pacientes se recuperam e voltam a andar após 6 meses a 1 ano de tratamento, mas existem alguns que tem maior dificuldade e que precisam de cerca de 3 anos para se recuperar.
O que causa Síndrome de Guillain-Barré?
As causas da Síndrome de Guillain-Barré estão relacionadas as defesas do próprio organismo, porque neste caso os anticorpos, devido a um erro, atacam o próprio sistema nervoso periférico, destruindo a bainha de mielina que recobre os nervos, gerando os sintomas.
Ao perder a bainha de mielina, estes ficam inflamados, impedindo que o sinal nervoso seja transmitido para os músculos levando a fraqueza muscular e a sensação de formigamento nas pernas e nos braços, por exemplo.
Muitos indivíduos antes de serem diagnosticados com a Síndrome de Guillain-Barré foram vacinados recentemente, fizeram alguma cirurgia ou apresentaram doenças como gastroenterite ou infecções virais, como: Epstein-Barr, citomegalovirus, HIV, Dengue ou Zika vírus.
Sintomas da Síndrome de Guillain-Barré
Os sinais e sintomas da Sintomas da Síndrome de Guillain-Barré podem se desenvolver rapidamente e pioram ao longo do tempo, podendo deixar o indivíduo paralisado em menos de 3 dias. No entanto, nem todos os pacientes são gravemente afetados porque alguns podem somente apresentar fraqueza nos braços e nas pernas.
Fraqueza muscular, que geralmente começa nas pernas, mas depois atinge os braços, diafragma e também os músculos da face e da boca, prejudicando a fala e a alimentação;
Formigamento e perda de sensibilidade nos braços e nas pernas;
Dor nas costas, nos quadris e nas coxas;
Palpitações no peito e coração acelerado;
Alterações da pressão, podendo haver pressão alta ou baixa;
Dificuldade para respirar e para engolir;
Dificuldade em controlar a urina e as fezes;
Medo, ansiedade, desmaio e vertigem.
Quando o diafragma é atingido, o paciente começa a sentir dificuldade para respirar e, neste caso, é importante que o paciente seja ligado a aparelhos para respirar.
Diagnóstico da Síndrome de Guillain-Barré
O diagnóstico da Síndrome de Guillain-Barré pode ser feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente e é confirmado através de exames como ressonância magnética da coluna, punção lombar e exame de sangue para avaliar os leucócitos e eletromiografia.
Todos os pacientes diagnosticados com Síndrome de Guillain-Barré devem permanecer internados no hospital para serem devidamente acompanhados e tratados, porque quando esta doença não é tratada, pode levar à morte.
Tratamento da Síndrome de Guillain-Barré
O tratamento da Síndrome de Guillain-Barré não cura definitivamente a doença, mas ajuda a reduzir seus sintomas e aceleram a recuperação. Inicialmente, o tratamento é feito no hospital, mas após a alta é necessário continuar o tratamento fazendo fisioterapia.
Um tratamento usado no hospital é a plasmaferese, um método que consiste numa espécie de hemodiálise em que o sangue é removido do corpo e filtrado de forma a reter os anticorpos que estão a atacar o sistema nervoso. Uma outra alternativa consiste na injeção de altas doses de anticorpos (imunoglobulina) contra os anticorpos que estão atacando os nervos reduzindo a sua inflamação e destruição da bainha de mielina.
Quando estão presentes complicações graves como dificuldade em respirar, problemas de coração ou gastrointestinais, pode ser necessário que o paciente fique internado na UTI para que seja monitorada sua respiração e coração.