Meningite: entenda a doença, sintomas e como se proteger
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, na primeira semana de agosto, que a criança que morreu dormindo, em Anápolis, tinha meningite. O caso acendeu um alerta para a gravidade da doença, sobretudo porque a menina tinha todas as vacinas em dia. Com isso em mente, é fundamental entender o que é a meningite e como se proteger dela - principalmente, com a vacina.
Segundo reportagem da CNN Brasil, em 2023, foram registrados 8.877 casos de meningite no país, dos quais 886 resultaram em óbito. E é importante lembrar que a doença atinge tanto adultos quanto crianças, ainda que estas sejam as mais vulneráveis. Portanto, é indispensável conhecer também as formas de contágio e os sintomas para evitar complicações.
O que é a meningite?
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por infecções virais, bacterianas ou fúngicas. Entre essas, a meningite bacteriana é a mais grave, podendo levar a óbito ou causar sequelas permanentes, como surdez ou danos cerebrais.
A princípio, existem dois tipos principais de meningite:
- Meningite viral: causada por vírus como enterovírus e herpes, é mais comum no verão e afeta principalmente pessoas acima de 15 anos, sendo menos grave que outras formas.
- Meningite bacteriana: é a forma mais grave, causada por bactérias como Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae. É mais frequente em crianças e idosos, principalmente com sistema imunológico comprometido.
- Meningite fúngica: afeta pessoas com imunidade baixa, sendo causada por fungos como Cryptococcus sp. e Coccidioides sp., e é mais comum em idosos ou pacientes com doenças crônicas.
Ainda, há a meningite eosinofílica, um tipo raro que surge pela infecção de um parasita presente em lesmas, caramujos e caracóis. Por fim, asséptica. Esta geralmente surge quando a pessoa sofre pancadas fortes ou, também, como resultado do uso de drogas ou doenças crônicas.
Como a meningite é transmitida?
A princípio, a transmissão da meningite varia conforme o seu tipo. A viral, por exemplo, tem baixo risco de contágio. Isso ocorre porque, embora o vírus passe de uma pessoa para outra, geralmente gera outras doenças como caxumba ou sarampo.
Já a meningite bacteriana é mais facilmente transmitida por saliva, tosse, espirros, ou compartilhamento de utensílios. O risco aumenta se a pessoa não lavar as mãos corretamente após usar o banheiro. Contudo, nem todos que entram em contato com o agente infeccioso desenvolvem a doença, dependendo da imunidade e da vacinação.
Principais sintomas
Os sintomas da meningite podem surgir de forma rápida e variar dependendo da idade do paciente e do agente causador. No entanto, alguns sinais são comuns e merecem atenção, por exemplo:
- Febre acima de 38ºC
- Dor de cabeça intensa
- Rigidez no pescoço, dificultando encostar o queixo no peito
- Manchas vermelhas no corpo
- Sensibilidade à luz
- Sonolência excessiva e dificuldade para acordar
- Confusão mental
- Convulsões
Em bebês e crianças, sinais adicionais como choro agudo, irritabilidade, dificuldade em movimentar a cabeça e moleira tensa ou estufada podem indicar meningite, alertando os pais para a necessidade de atenção médica imediata.
Como é feito o tratamento?
O tratamento da meningite deve começar o mais rápido possível após os primeiros sintomas. Ele varia conforme o agente causador da doença, sendo iniciado no hospital após exames de diagnóstico identificarem o microrganismo responsável.
- Meningite bacteriana: geralmente tratada com antibióticos, como penicilina.
- Meningite viral: antivirais podem ser indicados em casos graves.
- Meningite eosinofílica e fúngica: antimicrobianos (antibióticos, antiparasitários e antifúngicos) são prescritos, especialmente para pacientes com o sistema imunológico enfraquecido.
Além disso, analgésicos e anti-inflamatórios são recomendados para aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida. O acompanhamento médico contínuo é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário e garantir sua eficácia.
A doença deixa sequelas?
As consequências são mais frequentes se a doença não for tratada rapidamente ou adequadamente. Ainda, se o paciente tiver o sistema imunológico comprometido. Entre as mais comuns estão:
- Perda parcial ou total de audição e visão
- Epilepsia
- Problemas de memória e concentração
- Dificuldades de aprendizagem
- Atraso no desenvolvimento motor
- Paralisia parcial ou total
- Artrite e problemas ósseos
- Complicações renais
- Dificuldade para dormir
- Incontinência urinária
Mas, é bom frisar que nem todos os pacientes desenvolvem sequelas. Muitos, aliás, se recuperam completamente ou apresentam apenas sequelas leves.
Como evitar a meningite?
Sem dúvidas, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a meningite, protegendo contra os principais microrganismos causadores da doença. Mesmo que haja contato com os vírus ou bactérias, a vacina reduz significativamente o risco de desenvolver a infecção.
Outras medidas importantes para diminuir o risco incluem:
- Evitar contato próximo com pessoas doentes
- Lavar as mãos após estar em locais públicos
- Evitar o hábito de fumar
Pessoas infectadas devem adotar cuidados para não transmitir a doença, como lavar as mãos regularmente, evitar lugares públicos, e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
Proteja-se! Agende sua vacina contra a meningite na Clínica Vittá
A meningite é coisa séria e a vacinação é a melhor defesa contra essa doença potencialmente grave. Por isso, não deixe para depois - agende sua imunização hoje mesmo na Unidade Buriti da Clínica Vittá. Sua saúde é prioridade, e uma simples picadinha pode fazer toda a diferença. É só chamar no WhatsApp!